O dia de hoje mostrou-se em curva acentuada descendente. Um sentimento anti-social e piegas cobriu-me e envolveu-me de forma avassaladora. E eu que não durmo de edredão em dias de verão. Um sufoco estranho que me isola do exterior. Já desliguei o telemóvel faz horas.
O ardiloso nem é grande desportista, mas jamais se recusaria a jantares maratona de boa comida e vinho. Foi exactamente o que sucedeu ontem algures por Espinho com uns certos cromos da bola. Oficialmente aberto a jantaradas e afins por mais uma época.
O titulo do álbum dos Low retrata bem o que se tem passado um pouco de norte a sul deste nosso país. Os fogos florestais já são marca registada de verão. Hoje em dia diz-se, « Tem apenas um e um só filho, escreve qualquer porcaria que pouco importa, pois ninguém lê e planta por favor no mínimo 50 hectares de floresta para que o teu país não seja uma só desolação». É pena que assim seja.
A caminho para o trabalho a guitarra de riff pesado escondia um corpo bem franzino que há bem pouco tempo esteve entre nós. Polly Jean Harvey transpira rock a cada acorde e letras de fortes emoções. em repeat ouvia «[...]No kind words are coming out of your mouth/ Plenty goes in but nothing good comes out/ Badmouth, sad mouth, you were an unhappy child/ That doesn't make your lying tongue alright/ Wash it out, wash it out, wash it out/ Cos everything is poison/ You'll be the unhappy one/ Your lips taste of poison/ You're gonna be left alone[...]» e assim muito no fundo The Life and Death of Mr Badmouth é um espelho de alguém que conheço.
Já dizia o povo, «Vindo da Islândia, bons ventos e bons casamentos!» Com toda a certeza o provérbio foi agora mesmo inventado. Mas se o proclamo é porque de cada vez que oiço alguma coisa feita made in Iceland fico com aquela impressão que lá não brincam enquanto compõem música. Pessoalmente começei por Björk, depois Sigur Rós, passando por Múm e por fim o Stafrænn Hákon. Esta semana pude ouvir pela primeira vez o novo registo de Jimmy LaValle a solo. In a Safe Place é mesmo bom. Lembro-me da primeira audição que fiz de Album Leaf há uns dois anos e não correu muito bem. Uns tempos mais tarde ao vivo voltei a constatar o mesmo. The Album Leaf pouco me dizia em termos musicais. Contudo hoje e com este fantástico In A Safe Place, perfeito. Claro está, muito devido a participações de membros de Sigur Rós e Múm. O próprio som acaba por ser uma mescla disso mesmo. Penso que LaValle pegou no que de mais refinado a Islândia tem e agarrou bem a oportunidade de lançar um excelente disco. Das primeiras audições fica Thule e Another Day, o resto por vossa conta. Eu cá quero férias na Islândia.
Ainda te lembras disto ao domingo à tarde? Era piroso mas passavamos a tarde nisto. Agora está à venda pelo Ebay.
Só mesmo um fim de semana "fora de casa", sem preocupações nem muita coisa para fazer serve para entrar verdadeiramente no espírito das férias...voltei a escrever, espero que a "inspiração" não me deixe ficar mal!
Não há nada como uma promoção Worten. Do tipo cd's, sim daqueles que não compramos na altura ou porque o orçamento não chega, ou porque são exageradamente caros.
Contudo, numa das Wortens cá da terriola encontrei tantos cd's desses que faltavam em colecção que não resisti. Terei de entrar em contenção de despesas e não lá voltar tão cedo. Lá se vai o «Worten sempre» (pior slogan deste século) por terra.
posso ouvir no sossego do lar a Adriana Partimpim e o seu cd infantil que tanto agrada a graúdos. É também hoje que pego nos meus novos livros do David Lodge. Foi sorte, comprar sem saber logo os seus primeiros trabalhos. The Picturegoers e o Ginger, You're Barmy ambos da Penguin Books.
Fiquem sabendo que a ideia foi do Rodry. Quanto a mim sou novato nestas coisas de comunicação via net, mas vou-me esforçar para não dar nas vistas e manter-me no meu galho.
Pois acho que estou novamente perdido... bom já não é mau... sempre não é no universo.
Penso nas bandeirinhas como penso na árvore do natal ou no fato de carnaval. Terminada a festa de volta ao arrumo até a oportunidade seguinte. Somos sempre portugueses, independentemente de termos a dita bandeira hasteada ou não.
A frustração instala-se ao fim de umas duas horas de tentativa de uma boa crítica em relação ao meu disquinho de verão. O verão este ano é o típico verão de há uns quarenta anos atrás. Muito por causa dos The Bees, tenho quase a certeza. O seu novo trabalho é simplesmente um doce para todos aqueles que ainda vivem uma certa nostalgia dos 60's. Músicas alegres, descomprometidas e que ficam facilmente no ouvido. O disco em questão toca cá por casa pelo menos umas três vezes por dia, há quase uma semana. Free The Bees - The Bees.
Enquanto o ardiloso por esta e por aquela razão deixou de usar com a frequência desejada o blogue, a vida lá fora prosseguia e as outras pessoas continuavam incessantes com as suas ideias, criticas e ideias. Agora que estou mais ou menos de volta é um doce poder ler coisas como esta que o Ricardo Gross conscientemente escreveu e postou. «Consciência de classe O Lidl é o supermercado onde a classe média sente-se rica. Posso lá entrar apenas para comprar o areão dos gatos e umas dúzias de rolos de papel higiénico, e trazer também duas cadeiras de jardim. Enfim. No Lidl folgamos com a sensação de poder comprar tudo.»
As noites da terriola sabem sempre a pop/rock. O que de certa forma ajuda no crescimento eclético do ardiloso. São os cafés fora de horas, as voltas de carro para lado incerto e a conversa do M. durante todo o caminho sobre a história de tal banda, desta e daquela letra, da forma vertiginosa como o outro toca aquele instrumento. São acima de tudo noites em que conheço novas coisas em que à partida jamais haveria interesse.
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