Abri a bracelete do teu relógio e fechei-a no meu pulso. Ainda as marcas de suor, ainda tu. Parada no ar, a minha mão dirigiu-se à tua gaveta. E, entre facturas, entre somas e multiplicações calculadas com os teus números, descobri um quadrado pequeno de cartolina com um coração redondo de papel de lustro. Abri-o e, com as minhas letras infantis, sobre linhas feitas com uma régua, li: Amo o meu pai,/ Amo o meu paizinho,/ Não tenho mais para te dar,/ Dou-te o meu carinho. E chorei.
Morreste-me - José Luís Peixoto (Quetzal Editores)
. sem titulo que também fic...
. sonhos.
. uma colorida animação por...
. humor
. palavras
. por aí
. por aqui
. vidas
. vimeo
. you
. youtube