O serviço «Público» de qualidade alerta para a grande saída deste clássico. Já amanhã, é favor não perder. Mesmo que não gostem, enviem para o Ardiloso. Eu amavelmente agradeço.
A mudança temporal teve uma forte afectação espacial. Fui derrubado pelo "jet lag" que ainda hoje se manifesta. Foram estas madrugadas,foram estes últimos dias. Foi um abraço sentido, foi uma agradável surpresa. É o fim de um projecto de quase dois anos.
Hoje acordei com um trava-línguas na cabeça... andei toda a manhã a repeti-lo mentalmente; talvez estivesse relacionado com o que sonhei, mas não sei o que era... Desde miúda que os trava-línguas me fascinam, o jogo de palavras, o ritmo com que são "cantarolados"... lembro-me tão bem do sorriso matreiro do meu avô quando mos ensinava... Não resisti a pesquisar mais alguns para também os poder partilhar com o mesmo sorriso... Fica aqui o meu preferido...
O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem
O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem.
Se calhar sou eu que ando demasiado atenta à programação da televisão (não que veja muita), mas será que ainda ninguém reparou que os filmes que passam na SIC e na TVI são sempre repetidos?! Quem nunca notou que o «Sózinho em casa» já deu umas boas 20 vezes, então é porque anda mesmo muito distraído! E filmes que chegam a dar 2 vezes no mesmo mês? Não sei bem o que se passa na cabeça das pessoas que fazem a programação, mas acho que todos nós vamos agradecer se, em vez de repetições, de vez em quando, nos presentearem com estreias na televisão.
O meu patrulhamento bloguístico leva-me a crer que a blogosfera portuguesa tirou férias durante o fim de semana. Só sobram mesmo os que jamais descansam, não é Barnabés? E claro, os do serviço público do costume.
E porque hoje é domingo, decido-me por um músico, poeta desconhecido da grande massa. Ao ouvir pela primeira vez este senhor (LKJ), achei peculiar a sua escrita, mas um pouco da sua mensagem havia ficado retida. Ainda que sem grande impacto, pois retratava uma realidade algo distinta da que vivo. Mas o grande Linton Kwesi Johnson não deixa de ser referência, os seus poemas são história para a comunidade negra de Inglaterra. LKJ foi a minha iniciação no mundo do Dub. Este seu Sonny's Lettah (Anti-Sus Poem) é um marco; From Brixton Prison, Jebb Avenue London S.W. 2 Inglan/ Dear mama/ good day /I hope that when these few lines reach you they may/ find you in the best of health/ I doun know how to tell ya dis/ for I did mek a solemn promise/to tek care a lickle Jim/ an try mi bes fi look out fi him/ mama, I really did try mi bes/ but none a di less/ sorry fi tell ya seh, poor lickle Jim get arres/ it was de miggle a di rush hour/ hevrybody jus a hustle and a bustle/ to go home fi dem evenin shower/ mi an Jim stan up waitin pon a bus/ not causin no fuss/ when all of a sudden a police van pull up/ out jump tree policemen/ de whole a dem carryin baton/ dem walk straight up to me and Jim/ one a dem hold on to Jim/ seh dem tekin him in/ Jim tell him fi leggo a him/ for him nah do nutt'n and 'im nah t'ief, not even a but'n/ Jim start to wriggle/ de police start to giggle/ mama, mek I tell you wa dem do to Jim?/ mek I tell you wa dem do to 'im? [...]
Li isto há algumas horas e também não parei de rir como o MacGuffins. Mas agora e bem a propósito do lançamento do novo Ensaio de José Saramago, chegam as mais diversas reacções sobre as formas de pensar do escritor. Mais do que as ideologias políticas de Saramago para com o mundo e Portugal em particular, o que me interessa é a sua escrita. Quanto a mim, só me resta comprar o Ensaio sobre a lucidez (Caminho) muito brevemente.
«Uma sondagem dizia que eu tenho muitos apoiantes entre as senhoras e os jovens. Então se eu raspar o cabelo e usar um brinquinho é que vai ser [...]»
Who knows? Mas irá com toda a certeza pertencer à categoria dos amigalhaços, colegas, primaços, sócios, etc... Oxalá use um daqueles bonés com brinquinho.
Bem ando com aquele feeling que estes rapazes (Mandala) não andam a fazer as coisas como deve de ser. Será da recessão? Sketches ranhosos todos nós fazemos, mas este tipo de gestão chega quase à desonra, pelo menos no que toca à usurpação da figura. Obrigado ao Causa-Nossa pela atenção. Não tarda nada e dizem que tenho alguma coisa contra o contra-informação.
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Escolhi esta letra e música de Sérgio Godinho, que acaba com esta 6ª estrofe, talvez por retratar duma forma muito própria o percurso que levamos ao longo das nossas vidas.
A madrugada é certamente o meu poço de recordações recentes. A madrugada é também com toda a certeza o dedo indicador que me aponta as mais variadíssimas faltas. A madrugada não perdoa, é como algumas pessoas.
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
SG (claro!!)
Às vezes dou por mim a pensar que sou duas pessoas na mesma embalagem. Próximo da noite, tenho montanhas de planos e imensa vontade de os concretizar; de manhã, assim que o despertador toca, rendo-me ao sono e só quero ficar sossegada a dormir...
Em dias como o de hoje sinto-me assaltado por um esquisito e inquietante sentimento. O de que vivo no país da comédia, rodeado pelos mais variados comediantes.
Antes de mais, quero referir que não tenho preferências políticas, visto ter ideais políticos que considero utópicos. Nunca votei e, no dia em que for votar, ou voto em branco ou anulo o boletim com traço de cima a baixo.
Há dias atrás, ouvi na rádio, fortes críticas ao Mário Soares por apoiar e defender um diálogo com os terroristas.
Vi hoje, durante o dia, uma entrevista excelente na SIC Notícias (perdoem-me a publicidade), onde o mesmo se defendia duma maneira brilhante das críticas das quais foi alvo e, onde argumentava que países tais como os Estados Unidos, que declaram guerra ao terrorismo são os primeiros a passar a "mão pelo pêlo" a terroristas tais como o Cadafi.
Já há muito tempo que via Mário Soares como uma máquina política desactivada mas, gostei de ver esta semana, a velha máquina a funcionar duma forma astuta e voraz.
Mais uma vez, quero referir que não tenho nenhum tipo de preferências políticas, quer à direita, quer à esquerda. Gostei, simplesmente, de ver uma figura emblemática do nosso país dar uma lição moral e política aos políticos e comentadores no activo.
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
SG (claro!!)
Que me desculpem os amigos da Mandala. Mas alguns sketches do Contra Informação, fazem-me lembrar certos posts meus. Cozinhados em panela de pressão.
«O recrutamento de contratados para as Forças Armadas (FA) não é suficiente nem satisfatório, assumiu ontem o ministro da Defesa, Paulo Portas. Vai, por isso, ser lançada "uma campanha de promoção de imagem como nunca se viu" e uma outra para cativar potenciais candidatos, em eventos como o Rock in Rio, os jogos do Euro, a Volta a Portugal em bicicleta e a final da Taça de Portugal.»
É para rir ou para chorar?!
Já há algum tempo que o Ardiloso pretende iniciar os «pequenos fragmentos», na tentativa de um dia mais tarde poder vir a usar um Arquivo Temático. Também numa tentativa de simplificação do blogue, da sua estrutura. Talvez a própria tentativa de manter aquele aspecto arrumadinho que o Ardiloso pessoalmente não atinge.
Feita a apresentação da categoria, fica o fragmento em si. «E olhem que em casa dele a própria cozinheira lhe dá bofetadas. Toda a gente sabe. Não compreendo a vantagem de se servir num departamento. Rendimentos absolutamente nenhuns.[...] Tem uma casaca nojenta, um focinho a pedir que lhe cuspam, mas vejam só a casa de campo que ele aluga![...] Tem um ar tão submisso, é todo delicadezas: "Empresta-me aí o seu canivetezinho para afiar uma peninha."[...]» O pequeno excerto vem de o Diário de um louco, Nikolai Gógol (Assírio & Alvim).
Hoje pensei que o «e a manhã torna-se eclética» deveria ser feito pelas mãos do destino. E o destino tirou de um monte de cd's a Ost do Kill Bill, Vol.1. Vale acima de tudo por este, «I was five and he was six/ We rode on horses made of sticks/ He wore black and I wore white/ He would always win the fight/ Bang bang, he shot me down/ Bang bang, I hit the ground/ Bang bang, that awful sound/ Bang bang, my baby shot me down/ Seasons came and changed the time/ When I grew up, I called him mine/ He would always laugh and say/ "Remember when we used to play?" [...]». Filha de peixe também sabe nadar e Nancy Sinatra tem tudo o que o verdadeiro Sinatra teve.
O emocionante lanche de fim de tarde deixou-me completamente aluado. Dou por mim a cometer pequenas asneiras e sai-me um sistemático «Oh, foda-se...», uma espécie de R. volta à terra.
Os gays e lésbicas, ou mesmo amigos de ambos também vão ao Euro 2004. Quem o diz e passo a citação do Jornal da Noite, é o Portugal Gay, com o seu Guia. Acho bem manterem o pessoal informado das cidades e das suas atracções, dos seus roteiros de preferência gay. Mas será que existe alguma necessidade de estarmos informados sobre as preferências de quem vai ao Euro? Penso que não. Será que por sabermos isso, teremos de arranjar algum tipo de precaução? Não me parece. Serão estas pessoas seres de outro mundo? De novo não.
Mas noto quase sempre um exagero por parte destas comunidades homossexuais e bissexuais, no que diz respeito a acções que têm. Pecam pelo excesso, pelo alarido que criam em quase tudo o que fazem. Parece que gostam de marcar presença, mostrar que estão lá, dizer-se diferente quando nem sempre assim o são. Aqui entre nós e que ninguém nos ouça, se eu fosse gay (não sou, ponto final) deveria andar para aí a tornar do conhecimento público e alegremente que iria estar aqui ou ali, que faria isto ou aquilo!? Penso que não, e mesmo que o fizesse, não iria certamente expor a minha preferência sexual.
Com isto, não tarda nada e voltamos ao ambiente de Segunda Grande Guerra, para quando o povo Judeu passou a usar por obrigatoriedade a Estrela de David, para mais fácil distinção dos malditos Nazis. Tudo me leva a crer que as ditas «comunidades rosa» queiram de bom grado uma espécie de braçadeira rosa ou arco-íris no bracinho ou faixa no casaquinho, que lhes sirva de distinção.
...fica aqui uma nota: escreve-se pejorativo (pejorar + -tivo). Os jornalistas não são, de modo algum, exemplos a ter em conta no bom uso do português.
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
SG (claro!!)
Estar constipado é terrível. A imanente sensação de mal estar.
do Lat. immanente
adj. 2 gén.,
que reside na própria essência do todo;
que persiste;
permanente;
perdurável.
Agrada-me ler o Notícias Magazine do JN aos domingos, somente pela última página. O sr. Manuel Ribeiro, economista ou não (acho que apanhei o vício), não importa, tem uma forma de humor corriqueira, mas muito engraçada. As suas formas provocatórias para com o mundo feminino são das poucas coisas que me movem a ler a referida revistinha todos os domingos. Por vezes e esta semana não foi caso, estúpido mesmo, são aquelas pessoas que o levam a sério e mandam das mais variadíssimas cartas. Mas é bem verdade que «quando passamos um mapa para as mãos de uma mulher [...]» temos de estar preparados para darmos connosco no meio do nada. E o pior mesmo tende a ser que «ainda ninguém conseguiu explicar cabalmente a origem desta insuficiência genética que atinge quase totalidade das mulheres e que se transmite de mães para filhas.»
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
SG (claro!!)
Era tudo melhor e tão mais simples quando se era criança...
Zangávamo-nos e era «nunca mais falo contigo», «nunca mais sou teu/tua amigo/a»... passados 5 minutos e sem nos darmos conta, já éramos os/as melhores amigos/as de sempre...
Surpreendíamo-no e ficávamos felicíssimos por coisas (para nós de hoje) ridiculamente simples e fáceis, como um qualquer brinquedo dos ovos kinder, o simples chegar a casa do pai ou da mãe...
Crianças aparentemente inconscientes, irresponsáveis e imaturos que por vezes eram bem mais conscientes, responsáveis e maduras que os próprios pais...
A falta de normas e valores, que visto bem as coisas, não são necessários para nada, senão para complicar as coisas...
«Hey Jude» também é muito bom.
E eles lá sabem... é das melhores recordações que tenho.
E porque hoje é fim de semana, e porque hoje mais do que nunca preciso de um revitalizante, acordo bem duro; Hello operator/can you give me number nine?/can i see you later?/will you give me back my dime? [...]. São os The White Stripes e a sua pureza musical.
Sei perfeitamente que sou menino da mama, pieguinhas. Que passo a vida a queixar-me da própria vida, que não dou tréguas a este tipo de ser. Mas hoje, acho que até tenho razões para ser assim como aparento ser. Infelizmente parece-me que quando estou mesmo doente, perco todas estas estranhas manias.
Deve ser este o sinal. Só tenho razões para ser irritante e repetitivo quando estou em silêncio.
Fico irritadíssima quando decidem desmarcar coisas que já estavam marcadas há montanhas de tempo, principalmente se o motivo não for grande coisa e eu tiver recusado algum convite para poder ir ao que foi desmarcado. Enfim, manias...
A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
SG (claro!!)
Já tinha imensas saudades desta música que em tempos marcou o seu espaço.
Come Closer
No hesitation
Give me
All that you have
And it's been so long, that I can't explain
And it's been so wrong
Right now, so wrong [...]
Humming - Portishead
Num dia como o de hoje, em que o mundo parece que se voltou contra mim, dou por mim a ser assaltado, por duvidas existenciais típicas da idade do armário.
Mas a questão que mais me ocorre, é se realmente a Felicidade existe, ou se somos nós que a fazemos duma maneira ou de outra!?
Veio-me à memória, uma frase e uma estrofe que marcaram a minha dita "fase do armário":
Voltaire afirmou que "Os Homens que procuram a Felicidade, são como os embriagados que procuram a sua casa, sabem que a têm mas, não a encontram."
Por sua vez Fernando Pessoa recitou:
"Às vezes em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longínquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz"
Gostaria de partilhar isto convosco, visto que a mim, isto me dá que pensar. Pensar se chegamos alguma vez a ser realmente felizes, ou se dias como o de hoje não são exemplo e, devemos continuar a procurar a nossa Felicidade ou a tentar construí-la.
Acabo de ler o blogue. Fico com a plena sensação de que deveria apagar dezenas de posts escritos até à data. São mediocres, alguns deles maus mesmo. Vejo um certo declínio na qualidade do blogue em geral e dos meus posts. Será que alguma vez houve qualidade? Certamente não, mas agradava-me mais o que ia escrevendo. Mas então porque não apago simplesmente os posts, é só isso que falta. É-me dificil desfazer de pequenas coisas, especialmente aquelas que tenham sido edificadas por mim.
No entanto, deixo desde já uma adenda face a esta perda de qualidade segundo o meu ponto de vista. No dia em que escrever algum post onde conste, «hoje tive um orgasmo, soube-me pela vida. Não crêem? [...]», será o dia em que deixarei nesse mesmo instante de escrever mais alguma coisa.
. sem titulo que também fic...
. sonhos.
. uma colorida animação por...
. humor
. palavras
. por aí
. por aqui
. vidas
. vimeo
. you
. youtube