Depois do filme de ontem, acordei e senti-me de certa forma nostálgico. Não procurei ouvir um Hendrix ou um Clapton. Nem uns Doors ou um Gainsbourg. Hoje o que sabia bem eram uns Kinks e o seu Arthur. Now that you've found your paradise/ This is your Kingdom to command/ You can go outside and polish your car/ Or sit by the fire in your Shangri-la/ Here is your reward for working so hard/ Gone are the lavatories in the back yard/ Gone are the days when you dreamed of that car/ You just want to sit in your Shangri-la/ Put on your slippers and sit by the fire/ You've reached your top and you just can't get any higher/ You're in your place and you know where you are/ In your Shangri-la/ Sit back in your old rocking chair/ You need not worry, you need not care/ You can't go anywhere/ Shangri-la, Shangri-la, Shangri-la
Ontem consegui finalmente ver o The Dreamers de Bernardo Bertolucci. É bom, é nostálgico para gentes daquela época. Será mais nostálgico para gentes que viveram aquilo. Mas é mais do que isso. É uma descoberta de amizade e amor em tempos de mudança. Paris, Maio de 68 como décor e três jovens que se vão conhecendo a todos os níveis (sobretudo sexualmente). Um final bem delineado e previsível. Boa música, bastantes referências cinematográficas e até uns quatro segundos de Jean Seberg. Bom.
Ao ler esta notícia imediatamente pensei, - «Quem diria em Portugal. Que sofisticado.» Isto parece ser coisa de filme de ficção científica, ou de grande avanço tecnológico. Mas não, aconteceu mesmo por cá. No entanto não deixa de ser estranho como uma pessoa supostamente analfabeta consegue bem lidar com material de avanço tecnológico, feito espião de sua majestade. Foi a microcâmara, foi todo aquele equipamento de telecomunicação sem fios. Apesar de ter sido um acto ardiloso não deixa de ter uma certa pinta.
« [...]é um atchim que nos mata asfixiados e de repente.[...] é assim que nos sentimos quando nos contam coisas destas.. é assim que se sente quem conta.. porque já pensou em como o atchim vai ser.. já vislumbrou todos os atchims do mundo e tentou escolher um que não fosse nada mau no meio de tal catastrofe.[...]»
No entanto existem aqueles atchim's que jamais nos deixarão viver em conformidade. Eu tenho um atchim bem cravado no corpo, e sinto que durante muito tempo o tentei minimizar em vão. Os atchim's deviam estar erradiados do nosso ser.
Bem que eu percorri a blogosfera, bem que tentei descobrir com esmerado empenho se mais alguém se teria lembrado que hoje Bob Dylan atingia os 63 anos. Não que seja importante, mas de certa forma queria saber se mais alguém detinha esta data na memória como eu. Tenho e não sei bem porquê. Acho que desde que ouvi pela primeira vez o Highway 61 Revisited tentei não esquecer este senhor e o que ele havia representado a toda uma geração. Parabéns Robert Allen Zimmerman.
Mais uma mania minha...Adoro ficar a observar os raios e trovões durante a trovoada... </ P>
Não creio que seja mesmo em toda a comunidade europeia, mas em Portugal é garantidamente assim. O uso de publicidade por parte da indústria tabaqueira chegou ao ridículo. Oferecer prémios em que os possíveis clientes alvos são as camadas mais novas.
É natural que, para existir venda e lucro exista toda uma necessidade de marketing, porém quando esse mesmo marketing é virado para uma determinada faixa etária, a coisa complica-se. Não é preciso darmos brinquedos a miúdos, quando podemos bem dissuadi-los com simples pacotes de mensagens escritas à borla. É certo que todas as faixas etárias podem usufruir do prémio, no entanto, penso ser do senso comum que são os mais jovens quem presta mais atenção a estas promoções de telecomunicações. No caso dos maços LM, creio que a taxa de prémios é mesmo elevada. Vá lá malta, toca a comprar, afinal fumar não deve ser assim tão mau. Até dá prémios.
Enquanto a cabeça vagueava com mais uma qualquer crise de ansiedade da noite passada, o discman ao lado da cama corria um dos cd's mais completos que devo possuir. São os Flaming lips e o seu The Soft Bulletin. Existem temas que não nos deixam indiferentes. Neste álbum são todos, mas em especial este; Putting all the vegetables away/ That you bought at the grocery store today/ And it goes fast/ You think of the past/ Suddenly everything has changed/ Driving home, the sky accelerates/ And the clouds all form a geometric shape/ And it goes fast/ You think of the past/ Suddenly everything has changed/ Putting all the clothes you've washed away/ And as you're folding up the shirts you hesitate/ Then it goes fast/ You think of the past/ And suddenly everything has changed.
Frequentemente o Ardiloso sente-se desencantado com a música. Hoje está assim. Com abrangência de escolha mas sem o que escolher. Como se a falta de novidades o deixasse apático.
A minha musa cinematográfica faz hoje anos. Sim, é claro que o ardiloso fala de Sofia Coppola. Para comemorar tal feito, começo hoje mesmo a ler Middlesex, Jeffrey Eugenides (D. Quixote). Livro que consagrou este brilhante autor com o prémio Pulitzer em 2003. O seu primeiro livro havia sido «The Virgin Suicides». Para quem não sabe, uma história que a própria Sofia Coppola aproveitaria para seu primeiro grande sucesso. Nada melhor que começar a folhear o novo livro ao som dos Air com o seu Premiers Symptomes. Também um primeiro trabalho destes senhores que tão bem entram em qualquer banda sonora de Sofia Coppola. (No entanto segundo li no IMDB, Sofia só fará aninhos daqui a dois dias.) E por falar em IMDB e Sofia Coppola, nada melhor do que espicaçar o MacGuffin com a "nossa" casta Scarlett Johansson, que confessou condutas menos impróprias e «pouco higiénicas» com um senhor que tem idade para ser seu pai num elevador de um hotel. Benicio Del Toro, não te posso ver nem pintado.
Há coisas que não nos passam em claro. E uma delas, foi o inquérito intitulado «O meu onze» d' O Público de ontem. Não é que o conhecido escritor, Jacinto Lucas Pires, deu de sua opinião em relação ao onze para o Euro, e mais do que isso explicou o porquê do onze. «Acho que Portugal deve jogar ao ataque, porque esse é o nosso estilo.» Deveras, nem seremos nós uma selecção de posse de bola. Mas o flagrante mesmo, «[...] escolho Quim porque tenho dúvidas entre ele e Moreira, porque Ricardo e Baía estão em péssima forma, por razões diferentes talvez.» Já o afirmei por várias vezes e volto a fazer o meu voto. -Não entendo nada de futebol, mas pelos vistos não serei o único, com a diferença de guardar este tipo de bitaites desastrosos só para mim. Não sei se infeliz foi o escritor ou o jornalista com a bela da ideia do inquérito à personalidade.
Hoje a manhã torna-se eclética com a magnífica fusão entre Jimi Hendrix e James Brown, pela inquestionável voz de Lisa Kekaula. É Rock com sabor Soul Power, eles são os The Bellrays. Este antigo álbum da banda é frenético, mordaz, mas com bastante soul. Por isso, Let it blast.
O ardiloso descobriu a forma perfeita, idílica para afastar aquelas fases de tristeza da sua modesta vida. Ainda que de forma bem vincada e esbanjadora, nada melhor do que nos perdermos numa qualquer Fnac e nos empanturrarmos com a aquisição de variada "cooltura". Foi assim que o nosso moço hoje afastou a tristeza inerente ao dia.
Ele é novos dvd's, ele é novos livros... ele é feliz de forma auto-enganadora.
Julgo que todos nós em alguma fase da nossa vida resolvemos meter mão à obra e fazer uma compilação musical para poder desfrutar daquelas musiquinhas escolhidas, para ter algo que distraía durante as viagens para o emprego, ou mesmo para oferecer a alguém especial. Pois foi isso mesmo que ontem fiz. Despendi de quase duas horas, para poder ter a minha primeira compilação do ano.
Comecei com imenso entusiasmo, devo ter feito a melhor pré-selecção de sempre. Mas a meio, exactamente a meio algo mudou o meu humor e acabei por ter uma compilação sem ordem de temas. É do senso comum que uma boa compilação é cheia de pequenos detalhes. Desde o tempo de cada lado, das músicas a serem introduzidas, da sua sequência e especialmente do tipo de prazer que queremos obter com a audição da compilação.
Contudo ontem, a coisa não correu bem por aí, e terminei a compilação desejada (no caso inesperada) com músicas ordenadas por ordem alfabética de bandas. É triste, mas ficou mesmo assim e no entanto julgo só não gostar de uma tema que ficou por lá perdido. Hoje já tive companhia de viagem. A minha compilação.
Li com bastante atenção o que escreveu Vítor belanciano no Público de hoje «Indústria da Música». Os formatos digitais são realmente o processo natural da indústria musical e não só. Os formatos digitais vieram mesmo para ficar, e de certa forma estão infimamente ligados à pirataria. Estão, porque aquando da criação do mp3, que surgiu para que se pudesse enviar música de um local para outro sem existir a necessidade física da cassete, do cd ou do vinil, houve quem industrializasse o conceito. Como tudo o que acontece neste mundo que gera negócio e economia. A razão para a pirataria é de alguma forma simples. No caso da música digital, a aquisição de forma rápida e directa. Contudo o problema já há muito que ultrapassou a pirataria. Hoje em dia e como escreveu o Vítor, o problema reside em como todas as partes saírem a ganhar com o negócio da música de formato digital. A Apple tem vindo de esta parte há já algum tempo na frente desta corrida com o Itunes. E para tal jogou pelo seguro. Lançou o serviço e o hardware necessário para o pleno funcionamento da coisa. É certo que podemos sempre ler os ficheiros adquiridos através do Itunes noutros leitores e/ ou ler outros formatos no nosso Ipod. É isto que os formatos digitais têm de bom, a diversidade de funcionamento. Depois nada me leva a crer que tenha sido a expansão da Internet que tenha trazido a quebra de vendas de música (cds). Mas sim os preços que têm sido cobrados pelas editoras e lojas em geral. No nosso caso, penso que seja o excessivo valor de Iva que torna um cd um bem de luxo. Apenas artigos de luxo são taxados a 19 %. No entanto discordo com uma das frases escritas por este senhor; «Depois do Napster, entram em acção outros "sites" que permitem troca de ficheiros como o Gnutella, Kazaa ou Soulseek e uma geração que nunca comprou CDs nasce.» Que me desculpe, mas eu próprio uso um desses programas para aceder a novos sons, e se o faço, é essencialmente por três razões:
- O preço dos cd's que em nada ajuda. Hoje em dia, um qualquer cd custa quase 20 Euros.
- A aquisição de concertos não editados em qualquer formato.
- Ter rapidamente um novo álbum que ainda ontem foi editado lá fora e que só daqui por uns meses estará disponível no nosso (retrógrado) país.
Mas com tudo isto não quer dizer que não compre originais, bem pelo contrário, normalmente, e depois de uma audição, chamemos-lhe pré selecção, pois não podemos comprar tudo o que sai, costumo adquirir o dito cd ou mesmo o já precioso vinil. Por isso discordo essencialmente com o «geração que nunca comprou CDs».
Gostos não se discutem, e o mais recente filme do mestre Tarantino desilude tanto. A fasquia era muito alta, provavelmente demasiado alta. Tarantino, mas que raio de história foi esta? Efeitos de pressão pública ou alucinogénicos em geral? Os filmes série B Japoneses e tudo o resto eram dispensáveis.
Where's the love song to set us free/ too many people down, everything turning the wrong way round/ and I don't know what love will be/ but if we stop dreaming now, lord know we'll never clear the clouds/ and you've been so busy lately/ that you haven't found the time/ to open up your mind/ and watch the world spinning gently out of time/ Feel the sunshine on your face/ It's in a computer now/ gone are the future way out in space/ and you've been so busy lately/ that you haven't found the time/ to open up your mind [...]
Blur - out of time, comentários ou explicações para quê?!
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