«O primeiro dia foi o mais difícil. A mulher pensou que ele estava meramente a ser preguiçoso e delinquente, e tentou fazê-lo levantar-se, recusando-se a levar-lhe comida. O jejum, porém, não o afectou muito e ele manteve-se na cama todo o dia, salvo discretas idas à casa de banho sem ser notado. Nessa noite, quando a mulher se deitou, estava zangada e ressentida. [...] Havia uma nota de súplica na sua voz quando desejou que na manhã seguinte ele decidisse acabar com aquele disparate. A manhã seguinte foi muito mais fácil. Deixou-se simplesmente voltar a adormecer mal o despertador parou de tocar, sem sentimento de culpa ou de ansiedade. Era divinal. Virarmo-nos simplesmente para o lado e deixarmo-nos adormecer de novo, sabendo que não nos iríamos levantar. [...] As crianças vieram à porta do quarto e observaram-no enquanto comia. Ele sorriu-lhes tranquilizadoramente.» Falta-me apenas esta coragem para ficar pela cama sem vontade de fazer algum. Apenas coragem para uns dias de deleite na alcova. Histórias de Verão, Contos de Inverno - David Lodge (Edições Asa).
O ardiloso tem-se sentido assaltado por óptimas sensações. A felicidade tende a distorcer-se até se tornar em algo bem palpável. Até a habitual sensação de desconforto é facilmente ofuscada da realidade existencial.
O ardiloso sente o Outono perto. A época de calor ainda não passou, mas o tempo de regeneração está próximo. O ardiloso está de cama, é um sinal.
Durante o almoço de ontem tive a oportunidade de ouvir algo simplesmente estonteante.
«Mas duvidas que se o Bush perder as eleições, os EUA atacam o Iraque com bombas daltónicas (compreenda-se atómicas)»; isto enquanto passavam os olhos pelo jornal e o pires de azeitonas um ao outro. Como é que ainda existem pessoas assim?
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