Li com bastante atenção o que escreveu Vítor belanciano no Público de hoje «Indústria da Música». Os formatos digitais são realmente o processo natural da indústria musical e não só. Os formatos digitais vieram mesmo para ficar, e de certa forma estão infimamente ligados à pirataria. Estão, porque aquando da criação do mp3, que surgiu para que se pudesse enviar música de um local para outro sem existir a necessidade física da cassete, do cd ou do vinil, houve quem industrializasse o conceito. Como tudo o que acontece neste mundo que gera negócio e economia. A razão para a pirataria é de alguma forma simples. No caso da música digital, a aquisição de forma rápida e directa. Contudo o problema já há muito que ultrapassou a pirataria. Hoje em dia e como escreveu o Vítor, o problema reside em como todas as partes saírem a ganhar com o negócio da música de formato digital. A Apple tem vindo de esta parte há já algum tempo na frente desta corrida com o Itunes. E para tal jogou pelo seguro. Lançou o serviço e o hardware necessário para o pleno funcionamento da coisa. É certo que podemos sempre ler os ficheiros adquiridos através do Itunes noutros leitores e/ ou ler outros formatos no nosso Ipod. É isto que os formatos digitais têm de bom, a diversidade de funcionamento. Depois nada me leva a crer que tenha sido a expansão da Internet que tenha trazido a quebra de vendas de música (cds). Mas sim os preços que têm sido cobrados pelas editoras e lojas em geral. No nosso caso, penso que seja o excessivo valor de Iva que torna um cd um bem de luxo. Apenas artigos de luxo são taxados a 19 %. No entanto discordo com uma das frases escritas por este senhor; «Depois do Napster, entram em acção outros "sites" que permitem troca de ficheiros como o Gnutella, Kazaa ou Soulseek e uma geração que nunca comprou CDs nasce.» Que me desculpe, mas eu próprio uso um desses programas para aceder a novos sons, e se o faço, é essencialmente por três razões:
- O preço dos cd's que em nada ajuda. Hoje em dia, um qualquer cd custa quase 20 Euros.
- A aquisição de concertos não editados em qualquer formato.
- Ter rapidamente um novo álbum que ainda ontem foi editado lá fora e que só daqui por uns meses estará disponível no nosso (retrógrado) país.
Mas com tudo isto não quer dizer que não compre originais, bem pelo contrário, normalmente, e depois de uma audição, chamemos-lhe pré selecção, pois não podemos comprar tudo o que sai, costumo adquirir o dito cd ou mesmo o já precioso vinil. Por isso discordo essencialmente com o «geração que nunca comprou CDs».
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